quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Ufa! Enfim alguém reconheceu: musica gospel é arte, apenas isso.






Música gospel é reconhecida por decreto como manifestação cultural. Yes! Música gospel também é cultura!
Muitos considerarão isto um grande feito, um grande avanço para a música gospel. “Vejam só, gente! Nós, antes considerados por muitos intelectuais como um povinho sem cultura, agora produzimos cultura”!!!! Isso é que é progresso!!!!!!! Será mesmo um progresso? Eu não gostaria de ser reconhecido por decreto, melhor seria o reconhecimento por atitudes e valores. Mas enfim, isto é uma posição pessoal minha.
Nada contra a cultura, aliás, sempre critiquei a música gospel por sua poesia limitada e algumas vezes “de pé quebrado” como diria a crítica competentíssima de Heloisa Buarque de Hollanda. Não quero criticar por criticar, mas por notar que a música gospel está cada vez mais desassociada da música sacra. Para os especialistas em produção musical, a música gospel brasileira deveria ser chamada de música cristã contemporânea, pois usa ritmo pop, métodos seculares de gravação, produção, distribuição e divulgação da música de entretenimento.
Com tal decreto os cantores da música gospel agora são “artistas”; na verdade a maioria deles já agia como tal. Não vejo porque um adorador procurar reconhecimento de artista; a música gospel não é mais música religiosa ou doutrinária, mas arte comum, portanto não mais hinos e sim música secular.  O tão celebrado decreto de reconhecimento que abre possibilidade dos “artistas” poderem captar recursos com os incentivos fiscais da Lei Rouanet, reza que, caso os “artistas” recebam qualquer incentivo fiscal não poderão se apresentar em eventos promovidos pelas igrejas.
Isto mostra que a cada dia a música gospel cada dia mais se afasta dos hinos de adoração (com pequenas exceções); seja por seu conteúdo teologicamente equivocado, seu antropocentrismo, sua visão mais comercial que espiritual, como por suas apresentações dançantes, algumas com balé; sem contar os músicos das gravações ao vivo, que em sua maioria, sequer são cristãos; um desprezo a tantos músicos cristãos capazes e abençoados que temos.
Evidente que nem tudo é ruim. Existem sim compositores verdadeiramente cristãos. Mas, não por coincidência, preferem compor hinos ao invés de músicas; por  às vezes recebem “elogios” como: ... Muito tradicional... Ainda não entendeu as novas tendências... Seus hinos são muito clássicos... Enfim, não são antenados! Há também excelentes cantores na nova geração, sem dúvida; mas não estão na mídia, por não abrirem mão de seus princípios.
Para os “artistas”, estes cantores são tidos como “atrasados”, pois ainda cantam em igrejas, e participam de cultos, ouvem pregações e coisas assim.
Sem qualquer saudosismo, prefiro hinos de adoração e proclamação do evangelho, que as músicas sazonais do mundo gospel; sazonais sim, pois são fases: tem a fase dos “sonhos de Deus”, depois vem à fase das “unções”, depois a fase do determina, determina, determina, determina...  sem contar os hinos rancorosos, do tipo: ...você não me ajudou antes, agora tem que me aplaudir; ...agora estou no palco e você na plateia; ...se tocar no ungido vai de cara na poeira... Bons hinos devem exaltar a Deus, falar da obra de salvação, falar da esperança do céu, falar da vida transformada que Jesus espera que vivamos. Tudo isso com uma poesia coesa e singela.
Que os poetas nos presentei com belas canções que elevam nossas almas a Deus e os cantores evoquem a singeleza da nossa alma com suas lindas vozes exaltando ao Deus do céu!.

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