sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Os fuzis de Jacarta!

Nestes dias tristes que  vivemos no Brasil, acrescenta-se á nossa tristeza, o anúncio do dia exato que deverá ser fuzilado, na Indonésia, nosso compatriota Marco Archer; pelo crime de tráfico de drogas. 
Não quero criticar a Indonésia e suas leis, afinal de contas, cada país tem os legisladores que merecem; que o digamos nós mesmos!

Mas num momento em que o tráfico domina nosso país; em dias que a maioria dos crimes de roubos,assaltos, latrocínio e  homicídio, têm alguma ligação com o maldito tráfico, não dá pra negar que o assunto é polemico. 
Admitamos: Não há respostas prontas e fáceis para tal drama!

Numa enquete, realizada pelo portal R7, a diferença entre favoráveis e contrários à execução, são de 50,25% favoráveis,a  49,75% contrários. Estamos divididos (de novo)!
Mas o crescimento de pessoas favoráveis a tal ato, cresce na medida em que os  governos se mostram incapazes de solucionar as questões ligadas á criminalidade em geral.

Pessoalmente sou contra a pena de morte; tanto pela incapacidade de evitar novos crimes, quanto pelos riscos de injustiças, tão comuns até nas melhores instituições judiciais do mundo.

Não conheci o condenado! Não conheço sua família! Nem também posso dizer que sei o que estão passando, porque nunca passei; mas imagino a dor, a amargura!

Mas se há algo que esse fato terrível pode gerar, é um alerta a nossos jovens, de que, lucrar com as drogas; ou obter o prazer de mais uma "carreira" mais uma "cheirada" com o tráfico, leva a caminhos como este; ou até mais dolorosos. 

Os tiros de Jacarta poderão matar esse nosso irmão de pátria, e a outro, e outros mais; mas há um mar imenso dos nossos jovens favelados ou não; negros ou galegos; pobres ou de classe alta (já que segundo o governo, somos todos classe média)... estes são mortos todos os dias, pelos tiros da dependência, tiros da dívida com o traficante, tiros dos assaltos mal-sucedidos, e tantos outros tiros, que fazem agonizar os escravos das drogas, e nos fazem agonizar pela escravidão do medo delas!