segunda-feira, 28 de maio de 2012
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Igreja Evangélica Passárgada - Ministério Internacional
Vivemos uma
explosão de igrejas evangélicas no Brasil. Temos igrejas para diferentes tipos
e gostos. As exclusivas, as inclusivas, as direcionadas às tribos urbanas, as
sectaristas, as pregadoras de prosperidade, as milagreiras... A lista é quase
interminável.
Sugiro
olhar os links seguintes: http://umapjales.blogspot.com.br/2008/08/nomes-diferentes-de-igrejas.html ; http://www.jabesmar.com.br/humor-saudavel/65-nomes-de-igrejas-curiosos-e-criativos.html;
você vai tomar um susto, vai rir e até chorar com tanta coisa estranha que vai
encontrar. No meio destes emaranhados de igrejas está a Passárgada “Internacional”,
como gosta de ser chamada.
A IGREJA
EVANGÉLICA PASSÁRGADA INTERNACIONAL está presente em todos os lugares do
Brasil; e tem muitos, mas muitos adeptos mesmo. Esta igreja tem lugar para
todos: adúlteros, homossexuais, ladrões, trapaceiros, mentirosos, maldizentes,
difamadores, vendilhões do templo, falsos curandeiros, proselitistas, fumadores
e beberrões, advogados do erro; entre outros. Lá, na Passárgada Internacional
você poderá participar de qualquer evento religioso ou gospel sem ser
incomodado com pregações insuportáveis que fiquem falando de pecado, concerto,
santidade e outros assuntos destas "igrejas de mentalidade retrógada e
tacanha" que ainda existem.
Claro
que estamos fazendo uma crítica ao nosso movimento evangélico brasileiro. Digo
nosso porque também sou evangélico e penso que apesar de todos os percalços,
ainda dá para resgatar o caráter sério do movimento evangélico no nosso país.
Faço está crítica parodiando a poesia de Manoel Bandeira, Passárgada; veja a
íntegra da poesia:
Vou-me embora pra Passárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Passárgada
Em Passárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Na poesia de
Bandeira, Pássargada é um paraíso imaginário onde o autor poderia fazer de
tudo, seja certo ou errado, sem se incomodar ou ser incomodado por nada ou
ninguém, afinal "Lá sou amigo do rei".
Infelizmente
muitas igrejas que se declaram evangélicas, sem nunca ter vivido ou até sem ter
entendido o que é evangelho são verdadeiras Passárgadas; e para terem adeptos
ou plateia aceitam todo tipo de pecado e "modus vivendi". O adepto
que vive em maritalmente sem se casar não precisa deixar o companheiro para
cear ou ungir ou até ser missionário(a); o cantor de pagode não precisa parar
de cantar pagode, nem precisa tirar o brinco de diamante (falso) da orelha,
basta adaptar uma letra gospel ao seu sambinha de pé quebrado; neste
"Ministério Internacional" ninguém precisa deixar de beber, fumar, mentir,
enganar, lutar MMA (em ringues dentro dos templos), etc... pra ser adepto,
tomar ceia, subir em púlpitos e até separar outros igualmente
"passargadenses" para exercerem atividades.
Diante de tudo
isso, igrejas evangélicas sérias, centenárias, como os batistas,
presbiterianos, assembleianos, são bombardeados por novas denominações que
apresentam "o evangelho de Passárgada" como algo novo, moderno.
Conheço muitos pastores amigos que vivem um dilema: será que devemos
flexibilizar a nossa ortodoxia doutrinaria a fim de termos um maior número de
pessoas em sua membresia ou em seus eventos? Ou será que devemos nos manter na
mesma seriedade doutrinária que temos tido e ter um crescimento mais lento,
porém, mais sólido? Eu sempre digo a eles: Nunca devemos abrir mão de
princípios doutrinários e teológicos biblicamente alicerçados.
Podemos
utilizar métodos mais eficientes de evangelização, desde que estes não venham
recheados de heresias; podemos desenvolver programas e eventos que possam
atrair a massa jovem desinteressada pelos assuntos espirituais; podemos, aliás,
devemos ter programas que ajudem viciados de todos os tipos a deixarem seus
vícios para servirem a Cristo. Mas, longe de nós, nos tornarmos advogados do
erro, do adultério, das heresias e das mentiras que antes combatemos.
O único lugar
para o qual o crente salvo deseja ir embora é Jerusalém Celestial.
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