INCÔMODOS, GRAÇAS A DEUS
Fiquei feliz com o artigo do jornalista que nos chamou de incômodos. Feliz porque a expressão me abriu uma possibilidade de pensar em nosso papel como arautos de Deus numa sociedade desencantada e a caminho da destruição!
João Batista era gente incômoda! Chegou a dizer a Herodes: Não te é lícito possuir a mulher de seu irmão! Incomodou o rei, perdeu a cabeça... mas isto faz parte. Quem procura aplauso não será cristão. Se incomodamos por denunciar o pecado estamos cumprindo bem o nosso papel de povo de Deus! Se for pra ser assim, quero ser incômodo!
Jesus foi bastante incômodo! Chegou a chamar Herodes de raposa! Chamou fariseus de hipócritas e andou com prostitutas e publicanos, não para formar com eles um movimento social; mas dizer a eles que deveriam renunciar seu modo de vida a voltarem-se para Deus.
Cristãos verdadeiros incomodaram desde sempre! E são jogados às fogueiras, aos leões, aos gladiadores; empalados, assados vivos, deixados em ilhas... e tantos outros castigos! E quanto mais castigados mais cresceram!
Cristãos aplaudidos pelo mundo por negociar valores cristãos, não incomodam! Vestem capas da religiosidade cristã e aprovam aborto, imoralidade, desonestidade, venda de indulgência, malandragem teológica... Vocês ainda não descobriram, mas descobrirão, que não são cristãos de fato! Se for pra não incomodar não quero ser cristão!
Confesso: estava sentindo falta de incomodar um pouco! Pouco me importa a opinião da Veja, de jornalistas, políticos... enfim. Importa sim incomodarmos.
O que apequenou a igreja brasileira não foi a perseguição, foi o conforto que não soubemos aproveitar! Nos ensimesmamos, nos acomodamos, nos encastelamos, nos institucionalizamos; e repito com tristeza, nos apequenamos! Mas ainda há tempo, afinal de contas, Jesus ainda não voltou!
Convido você irmão, a aumentar o incomodo nesta nação que está apodrecida, algumas vezes até com participação de cristãos que não se incomodam e não incomodam aos outros! Proclamemos que pecado é pecado; luz e trevas não combinam; aparência não é mais importante que caráter; que a verdadeira teologia não é da prosperidade ou da miséria, mas da vida plena com Cristo; que com Jesus salvação sem Jesus perdição; que não há evangelho sem cruz e sem compromisso.
Só voltaremos a ser quem somos quando incomodarmos pelos motivos certos! E esta pode ser a nossa última oportunidade.